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SÓ BASTA UMA MORDIDA...

SÓ BASTA UMA MORDIDA...
...E será como eu. Da troca de sangue ou uma mordida. A dor vira de início, mas depois tudo ficará bem... Pelo menos até que a eternidade acabe.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Daniel olhava para fora da janela e nevava. Aquela não era uma cidade que ele iria gostar, principalmente agora, pois o frio não ajudava quando estava triste, mas estava com dois ótimos amigos: Samuel, o garoto/caçador que a poucas semanas atrás queria matá-lo e Agatha, a jovem Wicca tentando vingar seu povo.
Vamos dar uma pequena recapitulada na história: Daniel começou o ano letivo, desmaiou, descobriu que era um vampiro/humano, encontrou um vampiro que teve que matar para salvar Agatha, matou mais cinco vampiros e fugiu. Estamos no ponto que chamariamos de "fuga".
Nossos herois juvenis, agora estão perto de Seatle com intenção de voltar para casa em cerca de duas semanas. Daniel esperava ancioso a volta. Já se passara três semanas e ele sentia saudades de sua casa e família, principalmente da cama. Estavam dormindo em barracas. Mas talvez a fampilia estava em primeiro lugar. É claro que estava. "Vida de caminhoneiro deve ser melhor que isso, eu acho..." Daniel pensava.
- Vocês estão muito quietos... - Samuel cometou
- Quer comentar sobre o último vampiro que matamos? - disse Agatha friamente - Ou do último humano que perdemos? - Agatha não era mais a mesma desde que fugiram, com uma das adagas ela cortou seu cabelo, deixando-o até o pescoço. Foi estranho. A unica coisa que disse foi "Isso atrapalha na caça". Ela não se imortava mais com nada, apenas com a caça de vampiros. Era uma maquina de matar, entre os três era a melhor, mas todos sabiam que alguma hora, ela voltaria a ser o que era. Perceberia que a vingança não leva a nada. Resumindo: Seu jeito alegre e inocente acabara para uma realidade fria e macabra, uma realidade que Daniel tentava fugir, mas para qualquer um naquele carro era dificil.
- Agatha... A vingança não vai te levar a lugar nenhum... - Samuel dizia triste para ver a pessoa que achava ser sua amiga daquele jeito, ele era o único que tentava mudá-la, mas Daniel sabia que ela voltaria para a realidade, pois ele havia ficado da mesma forma quando seu pai se foi. - É serio... - ele a olhava enquanto dirigia seu Chevrolet - Eu passei por isso... - Samuel olhou para Daniel que estava no banco de trás pelo espelho retrovisor. Pelo incrível que pareça, Daniel e Samuel, viraram amigo, viram o quanto tinham em comum, o quanto sofriam pela perda dos pais, o quanto ambos sofreram com seus segredos, tanta coisa compartilhavam.
Uma semana depois de fugirem já haviam virado confidentes um do outro. O que foi dificil para Daniel, ele havia aprendido a não confiar em ninguém, e também nada facil para Samuel, pois ele havia dado a iniciativa e como era ele quem havia feito seu pai se separar dele, pelo menos Samuel pensava desta forma. Daniel olhou para Samuel reciprocamente e uma lembrança veio:

(...)FLASH BLACK

- Então... Quando você quer morrer, vampirinho? - disse Samuel se aproximando da fogueira que haviam feito. Uma semana havia se passado. Estavam naquela pequena clareira a uns dois dias, era quase uma casa. Samuel tinha uma barraca e dois sacos de dormir. Agatha havia buscado uma barraca e saco de dormir, como esta era menina dormia sozinho e Daniel tinha o privilegio, para ele não era, de dormir com Samuel na barraca - Diga! - ele exigia, mas Daniel não respondeu ainda olhando para as labaredas do fogo dançando a sua frente. Agatha lia o Livro das Sombras(diario wiccano) de sua ancestral e Samuel bebia nada mais nada menis que cerveja.
- Você está bebado e esta se tranformando em um estorvo. - Daniel disse - Bebendo cerveja... Acha que vai melhorar algo. A vampiros atras de nos, já matamos um, mas você parecia dormir enquanto eu e Agatha faziamos tudo.
- Como disse? - ele parecia que ia cair
- Vamos dormir - Daniel queria acabar com uma briga que poderia acontecer. Ele se levantou do chão meio umido e carregou Samuel até a barraca. Quando o colocou parecia dormir profundamente, mas não estava.
- Eu sei o quanto sofreu e quanto guarda de si - ele não parecia nem um pouco bebado - E quer saber de uma coisa... Eu te perdoo. Não foi sua culpa. Talvez tenha sido, mas... Te perdoo. - ele respirava profundamente - não quer desabafar. As magoas não irão levá-lo para frente, mas sim para trás. - ele estava deitado, se levantou com dificuldade para ficar sentado. Ele olhava dentro de seus, era profundo e estranho, ele não pode fazer nada além de contar sobre si mesmo, ele sentia uma obrigação de fazer isso. Desde então, Samuel se tornou seu confidente.
Cada palavra que Daniel dizia, Samuel escutava atentamente. Ele era um bom ouvinte. Quando Daniel percebeu, os dois já haviam dormido e já era hora de partir para próxima cidade.

(...)FIM DE FLASH BLACK

- As vezes é dificil acabar com o rancor - Agatha disse
- Faz quanto tempo que não encontramos nenhum vampiro? - Daniel disse para não acabar em briga. - Uma semana? - ele chutou - Hoje faz uma semana poderiamos voltar para casa. Ninguém mais nos seguiu.
- Ainda não temos certeza.
Quando Agatha terminou de dizer a frase, um vulto passou na frente do carro, Samuel se descontrolou achando que era um animal, um homem que estava na encosta viu o acidente e foi acertado com o carro, mas o carro simplesmente bateu nele e voltou, como se fosse um trampulim e eles as crianças felizes em pular emcima.
O carro parou, do outro lado, todos sairam com dificuldade, ainda estavam zonzos.
- Vampiro. - Agatha sussurrou, tirando a sua adaga do esconderijo e pronta para o ataque

OBS:Esse cap., gente, foi mais para saber como os personagens estão. O que aconteceu para não ficarem confusos nos proximos cap. Gente que não deveria chorar, chorando. Gente sendo amigo de outra pessoa. Para não ficarem confusos. tchau

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