Quando ele saiu do hotel, não quria pensar em mais nada além dele mesmo. Era horrível pensar que havia matado alguém e quase matado outra. "Salvar uma pessoa faz o homicidio ser nulo, certo?" pensava ele. Eram cerca das quatro horas e ele não tinha desculpa em mente para sua mãe.
Chegou em casa suas mãos tremiam, pois não sabia o que dizer, seu sangue subiu a cabeça e antes que ela pudesse dizer algo ele a interrompeu dizendo:
- Fui no cinema...
- Você foi no cinema? Com que dinheiro?- sua mãe lhe perguntou.
- Eu estava economizando - ele a deixou pensando e foi ao seu quarto, se deitou depois de segundos sentiu um leve calafrio e simplesmente viu seu pai em sua frente - Pai... Isso é um sonho.
- Você dormiu. - ele estava com um palitó branco e com um sorriso mais vivido, fazendo Daniel ficar mais feliz, pois depois de muito tempo viu seu pai sorrir novamente.
- Mas o que você quer? - as paredes estremeceram e de repente estavam em uma sala bem clara, com vidraças por todo lado, um lugar alegre e acalmante, lá fora se viam crianças correndo para todos os lados e rindo com alegria - Quem são?
- São de nossa espécie. Esse é o verdadeiro sonho de um verdadeiro vampiro/humano. - tudo era novo, as crianças eram bem novas.
- Como assim... Verdadeiro?
- Depois da primeira morte, quero dizer da primeira vez que matou alguém... Você vê isso.
- Então que para me sentir verdadeiro tenho que matar? - "Me fazendo crer que a maioria dessas crianças já mataram... Crianças de mais ou menos 8 anos"
- Mais ou menos, mas agora você pode controlar seus sonhos. E mesmo assim você já teve esse tipo de sonho, só não se lembra. Então... Elas não mataram ainda. - o pai de Daniel mecheu a mão e apareceu uma taça de vinho, tipico de seu pai, sempre a bebida - Não leu? Os sonhos é a principal fonte de poder de nossa espécie. - Daniel havia lido isto uma vez, mas ele nunca se lembrava de seus sonhos o que fez ele nem pensar nisto - Atraves dos sonhos conseguimos mostrar nossa verdadeira face e também treinarmos os nossos poderes, entendeu? - ele assentiu mesmo estrando com uma face tosca de confusão. - Como meio humanos, sonhamos normalmente, mas como também somos meio vampiros conseguimos controla-los certas vezes. E muitos tentam treinar seus poderes psiquicos nos sonhos.
- Entendi. É só para isso que me chamou? Pois estou cansado e quero dormir. - quando ele disse isso tudo a sua volta escureceu, seu pai, os risos das crianças ao lado de fora, tudo havia sumido menos ele. Daniel ficou lá parado pensou bastante naquele lugar e de repente apareceu, ele estava ao lado de fora, as crianças lhes esbarravam, era estranho.
- Use o que tem - disse a voz de seu pai em sua cabeça.
- Arvores... - sussurrou ele e logo após arvores foram crescendo em volta dele, eram todas diferentes, grandes com folhas verdes e saudaveis - Também gosto de ninfas... - então mulheres com cabelos longos e loiros, tunicas brancas que o Sol refletia, pequenas coroas em suas cabeças. Era estranho e bonito. - Some - tudo desapareceu o mais rapido possível. - Isso é ótimo - mas então antes que pudesse dizer mais algo, seus olhos abriram e ele escutou a voz de sua mãe o chamando para o jantar. - Quanto tempo dormi?
- Umas duas horas.
O resto da noite foi totalmente estranha. Sua mãe toda hora o olhava. Sentia calafrios e de momento em momento pensava em Agatha, como se os dois tivessem uma ligação e ela o chamasse.
- Vou dormir.
- Tudo bem - disse sua mãe ainda lhe encarando.
Quando ele se deitou, viu todo aquele belo lugar novamente, mas não podia se prender ali durante todo o sonho, amanhã era sábado, ele não teria como falar com Agatha e se sentia como se pudesse e podia de uma única forma sonhando.
- Como posso conversar com alguém pelo sonho? - pergunto ele ao seu pai
- Essa pessoa tem grandes poderes psiquicos? - "Que pergunta idiota, eu só vou falar com ela..." pensou Daniel rezando para que seu pai não escutasse.
- Fala logo.
- Na ponte de transmição - ele apontou para a ponta daquela sala de vidraças, lá havia uma plataforma, ele pisou nela pensando em Agatha e caiu. Seu corpo estava cansado e não consegia fazer nada, mas quando atingiu o chão, era feupudo. Tudo era rosa e havia garotas cantando McFly som roupas meio que Paramore. Era estranho, pois todas elas lembravam um pouco Agatha. Principalmente as risadas que ele escutava.
Quando olharam para Daniel, todas gritaram e uma perguntou:
- Como um garoto entrou aqui? - a garota que disse isso veio em direção a Daniel e depois percebeu que era Agatha.
- Agatha. - Uma das garotas disse atrás dela tentando segurá-la para não ir - Não pode ficar ao lado de um vampiro/humano... Sabe o que aconteceu com os outros.
- O que está acontecendo, Agatha? Como sabe o que sou? - ele perguntou a garota que disse aquilo a Agatha. Ela se encolheu e ele prestou atenção em Agatha
- O que faz em meus sonhos? - quando ela perguntou isso, tudo escureceu, apenas os dois ficaram lá parados, mas Agatha havia mudado sua fisonomia - O quer com ela? - perguntou ela, mas com outra voz - O que um menino e ainda meio vampiro meio humano pode entrar aqui? - ela colocou a mão no pescoço de Daniel - Diga!
- Como sabe? - disse ofegante tentando tirar a mão de seu pescoço.
- Quem não sentiria a presença de um vampiro imundo?
- Só quero protege-la de Samuel. Tenho medo que ele faça algo para me afetar. Tenho medo por ela. - ele disse deixando uma lagrima escorrer por seu rosto indo até o seu pescoço molhando a mão de Agatha que segurava seu pescoço e levantava seu corpo fazendo ele ficar sufocado
- Ela já tem suspeita de Samuel. Ela sente medo por você. Ambos tem medo, mas não usam o que tem para se defender. Inuteis.
Daniel não sabia o que dizer. Seu pescoço começava a sangrar com as unhas de Agatha, mas ele não morria, simplesmente começava a desaparecer, mas uma força maior lhe deixava ali. Ele sentia um pouco de dor e confusao.
- Deixe-me ir. - suplicou
- Não, primeiro vou acabar com você.
Sua melhor amiga, pelo menos em corpo, tenatava matá-lo e ele não sabia como se defender. Suas mãos ficavam dormentes, suas pernas também e antes que pudesse fechar os olhos completamente pensou: "Nunca consigo me safar da morte" Suas palpebras cairam tendo como ultima imagem o rosto de Agatha retorcido pela raiva que emitia por Daniel.
OBS: Oi. Fiquei triste por deixa-los na mão então esta aí.
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